Conheça os principais mitos sobre a Enxaqueca, causas mais frequentes e como posso mudar meus hábitos para a sua prevenção.
A enxaqueca pode ser controlada somente com analgésicos.
A alta incidência da cefaleia na população contribuiu para o aumento do uso indiscriminado de analgésicos. O que muitos não sabem, é que o uso constante desses medicamentos contribui para cronificar as dores. A toxina botulínica pode ser um grande aliado no tratamento da enxaqueca. As aplicações são rápidas e apresentam menos efeitos colaterais que os analgésicos.
A sinusite pode desencadear uma crise.
As sinusites agudas podem causar dor de cabeça, mas não enxaqueca.
O diagnóstico da enxaqueca é feito através de exames.
O diagnóstico da enxaqueca é clinico e feito por um neurologista, que se baseia no histórico do paciente e em alguns testes neurológicos. Alguns exames podem ser solicitados para descartar a possibilidade de tumores ou outras doenças.
Hipertensão pode causar enxaqueca.
Essa associação costuma ser uma coincidência. O quadro de hipertensão aguda pode causar dores de cabeça, mas elas são geralmente efeitos colaterais da medicação.
Problemas de vista causam enxaqueca.
Ao contrário do que se acredita, os problemas na visão não causam dores de cabeça. Apenas astigmatismos muito graves podem causar cefaleias, mas não enxaqueca.
Todas as pessoas com enxaqueca apresentam distúrbios visuais.
Apenas 20% dos pacientes apresentam esse sintoma, conhecido com aura. Esse fenômeno neurológico leva as pessoas a enxergar manchas, luzes brilhantes, flahses, etc. A aura costuma preceder as crises de enxaqueca e costuma durar menos do que uma hora.
Problemas na articulação da mandíbula causam enxaqueca.
Os problemas relacionados a essa articulação podem causar dor, geralmente localizada no próprio local, eventualmente dores de cabeça, mas nunca enxaqueca.
Dormir muito ajuda a melhorar.
Dormir mais do que se está costumado pode ser um gatilho para as crises. O ideal é manter as mesmas horas de sono todos os dias.
Atividades físicas ajudam a melhorar o quadro.
Em alguns pacientes a atividade física ajuda a diminuir a freqüência das crises. Porém, em outros pacientes, ela pode ser um fator que desencadeia as crises.
Enxaqueca acaba na menopausa.
Apenas 30% das mulheres apresentam melhora significativa após a menopausa e geralmente nas pacientes em que a enxaqueca está ligada com o período menstrual.
Alguns alimentos ajudam a melhorar a enxaqueca.
Mais um mito. Segundo especialistas, as dietas que pregam a melhoria da enxaqueca não possuem embasamento cientifico. Algumas substâncias presentes em alimentos podem até ajudar, mas na quantidade presente nos alimentos são insuficientes.
Crianças não sofrem de enxaqueca.
Entre 4% e 8% das crianças sofrem de enxaqueca. As dores geralmente se iniciam por volta dos 5 anos de idade e quase metade dos casos se resolvem espontaneamente na puberdade. As crises em crianças têm duração menor – 30 minutos até 2 horas – e podem ser tratadas com medicamentos.
Enxaqueca não tem tratamento.
A enxaqueca ainda não possui uma cura definitiva, mas os tratamentos podem ajudar a diminuir a quantidades das crises e também a sua intensidade. A toxina botulínica costuma ajudar os pacientes e é uma boa alternativa aos medicamentos convencionais.
A Enxaqueca piora durante a gravidez.
A maioria das mulheres grávidas apresenta uma melhora no quadro durante a gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre.